Os robôs-táxi deixaram de ser apenas uma promessa futurista e passaram a integrar, de forma crescente, o transporte urbano em 2025. Em grandes cidades dos Estados Unidos e em partes da Ásia, veículos autônomos já se tornaram uma opção real para passageiros pagantes. Nesse cenário, a Waymo se consolidou como líder do mercado norte-americano, enquanto Tesla e outros concorrentes avançam com serviços ainda em fase inicial, em um setor que cresce, mas segue cercado de desafios regulatórios, técnicos e de aceitação pública. As informações são da CNBC.
Pertencente à Alphabet, a Waymo ampliou sua presença e hoje domina o mercado de robôs-táxi nos Estados Unidos. Rivais como a Zoox, controlada pela Amazon, e a Tesla lançaram versões iniciais de seus serviços ao longo de 2025, enquanto, na China, o serviço Apollo Go, da Baidu, manteve ampla liderança em número de corridas e expansão territorial.
Waymo acelera expansão dos robôs-táxi e consolida liderança
A Waymo é, até agora, a empresa mais avançada na corrida pelos robôs-táxi. Em 2025, o serviço passou a operar comercialmente em cinco mercados: Austin, região da Baía de San Francisco, Phoenix, Atlanta e Los Angeles. A empresa cruzou a marca estimada de 450 mil corridas pagas por semana e informou ter realizado 14 milhões de viagens apenas em 2025, com expectativa de ultrapassar 20 milhões desde o início da operação, em 2020.
Além da expansão geográfica, a Waymo atingiu marcos importantes. A empresa ampliou a faixa etária de usuários, permitindo contas para adolescentes de 14 a 17 anos em Phoenix, e passou a operar rotas em rodovias em mercados como San Francisco, Phoenix e Los Angeles. Também anunciou planos de expansão para 2026, incluindo cidades como Dallas, Denver, Detroit, Miami e Washington, D.C., além de Londres, que será seu primeiro mercado internacional.
Apesar do crescimento, a Waymo enfrenta resistência. Pesquisas indicam que 66% dos motoristas nos EUA ainda se sentem inseguros em relação a veículos autônomos. Há também críticas relacionadas a ruído, congestionamento e comportamentos considerados imprevisíveis. Mesmo assim, dados oficiais apontam que colisões graves envolvendo veículos autônomos seguem relativamente raras.
Tesla aposta em dados e avança com testes supervisionados
A Tesla, por sua vez, mantém uma estratégia distinta. Em 2025, a empresa lançou serviços-piloto de robôs-táxi em Austin e na região da Baía de San Francisco, utilizando veículos equipados com o sistema FSD (Full Self-Driving) supervisionado. Diferentemente da Waymo, os carros da Tesla ainda contam com monitores humanos de segurança a bordo, preparados para assumir o controle se necessário.
A empresa também demonstrou entregas autônomas sem motorista e obteve permissões para testes em estados como Nevada e Arizona. No entanto, ainda não possui autorização para operar um serviço comercial totalmente autônomo na Califórnia. Incidentes, como relatos de monitores distraídos durante viagens, chamaram a atenção de reguladores e reforçaram o escrutínio sobre a tecnologia da empresa.
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Mesmo com limitações, o interesse do público cresce. O aplicativo Tesla Robotaxi registrou mais de meio milhão de instalações até dezembro, embora ainda fique bem atrás da Waymo em volume diário de downloads. A aposta da Tesla está no uso de grandes volumes de dados coletados de seus veículos para acelerar o desenvolvimento da autonomia total.
Entre os principais pontos que definem o atual estágio dos robôs-táxi estão:
- expansão comercial liderada pela Waymo em cidades dos EUA;
- serviços ainda gratuitos ou supervisionados em concorrentes como Zoox e Tesla;
- desafios regulatórios e de aceitação pública;
- custos das corridas ainda mais altos que alternativas tradicionais.
Enquanto isso, a concorrência internacional se intensifica, especialmente com empresas chinesas ampliando operações dentro e fora da China. O cenário indica que os robôs-táxi seguirão em rápida evolução, mas ainda longe de uma adoção plenamente massiva. Waymo e Tesla representam abordagens distintas para o mesmo objetivo: transformar a mobilidade urbana por meio da autonomia veicular.
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