Durante uma conferência com jornalistas, a Intel detalhou mais sobre o avanço no desenvolvimento do Wi-Fi 8. A companhia aponta que o foco na nova tecnologia wireless será o de aumentar a estabilidade na conexão, sem necessariamente priorizar velocidades super rápidas, em um contexto de inteligência artificial.
Como aponta Carlos Cordeiro, Intel Fellow e CTO da divisão wireless, o Wi-Fi 8 está baseado em quatro pilares. O primeiro deles é ser determinístico, ou seja, que gere uma operação consistente para os usuários e que os pacotes de internet sejam entregues com uma taxa de confiabilidade perto de 95%.
A IA também ganha destaque no recurso, já que a rede suportará mecanismos para o desenvolvimento de aplicações com inteligência artificial. Características como a eficiência do espectro da rede, menores latências, redução no consumo energético dos aparelhos e melhorias no alcance também fazem parte do escopo.

O último tópico mais importante do Wi-Fi 8 tem relação com a segurança e privacidade de dados. Com isso, a expectativa é que essa tecnologia se destaque ao proteger os dados com criptografia de ponta, e utilize recursos para prevenir ataques de spoofing, ou seja, ou método de falsificação de pacotes.
Wi-Fi 8 será 25% melhor em vários aspectos
Em um white paper disponibilizado pela companhia, a Intel acredita que o conjunto de mudanças visa atingir 25% de melhor taxa de transferência, 25% de latência mais baixa e 25% menos pacotes perdidos durante o roaming. A projeção do Wi-Fi 8 é que ele seja algo muito mais consistente, diferente do atual Wi-Fi 7.
- Dentre as características do Wi-Fi 8, a Intel também bate na tecla que a tecnologia oferecerá uplink mais forte;
- Roaming contínuo também estará disponível para os aparelhos conectados;
- Em caso de coexistência com outras redes sem fio, como o Bluetooth, o novo Wi-Fi deve entregar um tráfego mais responsivo;
- Locais densos, como aeroportos e prédios, podem ter a interferência de sinal reduzida.
O Wi-Fi 8 deve começar a aparecer em dispositivos a partir de 2028, já que o Wi-Fi 7 ainda é uma tecnologia bem recente. No Brasil, a tendência é que produtos e a disponibilidade da rede demore um pouco mais, já que o país sequer avançou direito na consolidação do Wi-Fi 6 ainda.
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