X aceita pagar R$ 57,7 milhões para encerrar processo movido por Trump, diz jornal

O X, de propriedade de Elon Musk, aceitou pagar aproximadamente US$ 10 milhões (R$ 57,7 milhões, na conversão direta) para resolver processo movido pelo presidente dos EUA, Donald Trump, contra a empresa e seu ex-CEO, segundo fontes próximas ao caso, que passaram as informações exclusivamente para o The Washington Post.

O acordo torna o X a segunda rede social a fechar um acordo em litígio iniciado por Trump, após seu banimento devido ao seu papel no tumulto ocorrido em 6 de janeiro de 2021 no Capitólio dos EUA.

Musk, hoje, é próxkmo(Imagem: Kathy Hutchins/Shutterstock)

Histórico do processo de Trump contra o X

  • Em 2021, Trump, juntamente com outros demandantes, ingressou com a ação contra a empresa, que na época se chamava Twitter, e seu então CEO, Jack Dorsey;
  • Em novembro de 2022, Musk reintegrou Trump à plataforma;
  • Inicialmente, a equipe de Trump cogitou deixar o processo esfriar, citando a proximidade de Musk com o presidente e o investimento de US$ 250 milhões (R$ 1,44 bilhões) para ajudá-lo em sua eleição;
  • No entanto, decidiram prosseguir com o acordo, mesmo diante da relação estreita entre as duas partes;
  • Um porta-voz da X não respondeu aos pedidos de comentário do Post.

Na última terça-feira (11), Musk, que foi designado por Trump para comandar o novo Departamento de Eficiência Governamental (DOGE, na sigla em inglês), esteve ao lado do presidente no Salão Oval, respondendo a perguntas sobre as medidas de contenção de custos em seu governo.

No mês passado, a Meta firmou acordo em processo similar relacionado à suspensão da conta de Trump no Facebook, no valor de US$ 25 milhões (R$ 114,26 milhões) – sendo US$ 22 milhões (R$ 126,95 milhões) destinados à biblioteca presidencial do ex-mandatário – valor que supera em mais do que o dobro o montante que a X pagará.

Além disso, fontes indicam que os advogados de Trump devem buscar também um acordo com o Google, que baniu Trump do YouTube após o tumulto de 2021 no Capitólio. O Google, por sua vez, recusou-se a comentar.

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Os processos contra as três gigantes da tecnologia, iniciados em julho de 2021, se arrastaram por anos e pareciam ter ficado paralisados até as eleições presidenciais de novembro. Após a vitória de Trump, as negociações foram retomadas com o CEO da Meta, Mark Zuckerberg, conforme noticiado pelo Journal.

Em 2022, um juiz federal rejeitou o processo contra o Twitter, o que levou os advogados de Trump a recorrerem da decisão. Embora um tribunal federal de apelações tenha ouvido os argumentos no outono estadunidense de 2023, a decisão ainda não havia sido proferida.c

Cerca de duas semanas após a eleição, os advogados de Trump informaram ao tribunal que estavam em tratativas para acordo com a empresa. Na semana passada, todas as partes envolvidas apresentaram moção para o arquivamento do recurso, que foi concedida na última segunda-feira (10).

Úlitma eleição dos EUA foi apertada (Imagem: QubixStudio/Shutterstock)

Após perder as eleições de 2020, Trump utilizou a plataforma, então chamada Twitter, para disseminar informações falsas sobre fraudes eleitorais e incentivar seus seguidores a se dirigirem a Washington para um comício “Pare o Roubo” em 6 de janeiro de 2021.

Posteriormente, alguns apoiadores marcharam até o Capitólio dos EUA e protagonizaram tumultos para contestar a certificação da vitória de Joe Biden, procedimento que estava sob a supervisão do então vice-presidente Mike Pence.

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