O YouTube inaugurou, nesta terça-feira (21), uma nova ferramenta de detecção de semelhanças. O recurso permite identificar e solicitar a remoção de vídeos gerados por inteligência artificial que utilizem indevidamente a voz ou a aparência de um criador de conteúdo.
Segundo a empresa, o objetivo é evitar que pessoas usem IA para imitar criadores, influenciadores e figuras públicas em campanhas falsas, golpes ou conteúdos enganosos. A função atua como uma camada de proteção contra o uso não autorizado de imagem e voz, permitindo ao criador monitorar se há vídeos sintéticos que se apropriam de suas características pessoais — e, caso desejado, pedir a exclusão desses conteúdos.
O funcionamento da ferramenta foi detalhado em um vídeo no canal oficial Creator Insider. A novidade foi incorporada ao menu do YouTube Studio, dentro da seção “Content Detection” e da aba “Likeness” (“Semelhança”, em português).
Como funciona a verificação de semelhança
Para habilitar o recurso, o criador precisa consentir com o processamento de seus dados biométricos. O processo envolve escanear um QR Code exibido na tela do YouTube Studio, que redireciona para uma página web de verificação de identidade. Lá, o usuário deve enviar um documento oficial com foto e um breve vídeo de selfie, confirmando sua identidade de forma segura.
Depois de ativada, a ferramenta passa a monitorar vídeos que possam conter semelhanças visuais ou vocais com o criador. Caso deseje, o usuário pode desativar o sistema de detecção de semelhança a qualquer momento.
Proteção preparada para o futuro
A chegada da ferramenta marca um passo importante na luta contra o uso indevido de inteligência artificial. Com tecnologias avançadas como Sora 2 e Veo 3 sendo capazes de criar vídeos extremamente realistas — inclusive com a aparência de pessoas reais ou já falecidas —, o YouTube busca se antecipar a possíveis abusos.
Por enquanto, a solução está disponível apenas para parceiros elegíveis inscritos no YouTube Partner Program — todos eles receberam um e-mail na manhã de terça (21). Ainda não há previsão para o lançamento mais amplo da detecção de semelhança.
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