O empresário Mark Zuckerberg, CEO da Meta, compartilhou na última quarta-feira (30) uma carta aberta para trazer a visão da empresa sobre uma nova tecnologia. O dono de Facebook, Instagram e WhatsApp agora está especialmente empolgado com a chamada superinteligência artificial — uma IA com capacidade igual ou superior ao do raciocínio humano e em constante evolução por conta própria.
No texto, o bilionário cita que a visão da Meta é garantir o acesso de uma super IA para todas as pessoas, ao contrário de rivais da indústria que direcionam esses recursos para automatização de certas tarefas. Ele ainda promete que essa tecnologia “vai melhorar todos os sistemas existentes e permitir a criação e a descoberta que novas coisas que não são imagináveis hoje em dia”.
O que Zuckerberg pensa da ‘super IA’ pessoal
De acordo com Mark, esse futuro da indústria “vai ajudar a humanidade a acelerar o ritmo do progresso” e tem o potencial de “começar uma nova era de empoderamento pessoal“, onde as pessoas teriam maior capacidade de melhorar o mundo sob qualquer condição.
“Um impacto mais significativo em nossas vidas deve vir quando todo mundo tiver uma superinteligência artificial pessoal que ajuda você a conquistar objetivos, criar o que você quer ver no mundo, experienciar qualquer aventura, ser um amigo melhor para quem você se importa e crescer para ser a pessoa que você aspira em ser”, diz a carta.
Entretanto, Zuckerberg evitar mencionar qualquer prazo para a operação desse tipo de ferramenta. Além de avisar que o fim dessa década será “decisivo”, ele cita apenas que “as melhorias são lentas até o momento, mas inquestionáveis” e que o desenvolvimento da super IA pessoal estaria “visível”.
O empresário também não aborda sobre quais serão exatamente as aplicações práticas, utilidades ou capacidades desse sistema. O texto ainda menciona novos desafios que surgirão em segurança, mas também sem citar os riscos ou as soluções. O texto completo pode ser lido no site da Meta (em inglês).
Os investimentos da Meta em IA
O manifesto de Zuckerberg foi visto por analistas como uma forma de preparar acionistas da Meta para os próximos projetos da companhia, que envolvem gastos altos com IA.
- A Meta tem investido pesado no laboratório próprio do setor, tanto para aprimorar a Meta AI e o grande modelo de linguagem Llama. Essa tecnologia ainda não estaria no patamar desejado pelo empresário, segundo a CNBC, e já teria sido superada de longe por concorrentes;
- Só na investida mais recente, foram prometidos gastos de US$ 15 bilhões na “super IA”, incluindo a compra de uma participação maior na startup Scale AI;
- A marca também gastou alto na contratação milionária de engenheiros de concorrentes — incluindo veteranos do setor que estavam em cargos elevados na OpenAI, dona do ChatGPT;
- Os especialistas consultados pela CNBC alegam ainda que os investidores da Meta estariam mais dispostos a aprovar os gastos da empresa com IA do que outros projetos anteriores da companhia que não atingiram o potencial esperado, como o metaverso.
- Para além disso, a Meta também vai intensificar os esforços de desenvolver e promover óculos inteligentes com recursos de IA. Em uma conversa posterior com os acionistas, Mark chegou a dizer que pessoas sem esse produto no futuro terão “uma desvantagem cognitiva bem significativa” comparada com os usuários.
A expansão da IA significa também mais gastos com data centers, tanto em estrutura quanto no setor energético. Quer saber mais sobre o tema? Confira este artigo no TecMundo!
