Bancos começam a oferecer o Pix parcelado; veja como vai funcionar

Milhões de brasileiros já podem acessar o chamado Pix parcelado. A nova modalidade consiste numa operação de crédito comum, ou seja, o cliente escolhe o produto ou serviço, a instituição financeira paga todo o valor de uma vez para o lojista e o cliente, por sua vez, paga a instituição em parcelas.

Sim, é bem similar a um cartão de crédito tradicional, mas a promessa é de juros mais acessíveis e não há a necessidade de um cartão “físico” para compras presenciais.

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Segundo o jornal Folha de S.Paulo, pelo menos 10 bancos e instituições financeiras já oferecem o Pix parcelado. As regras, porém, ainda não estão uniformizadas.

Como informamos aqui no Olhar Digital, o Banco Central deve regulamentar o novo formato ainda neste mês de setembro. Quem estipulou o prazo foi o presidente da autoridade monetária, Gabriel Galípolo.

Até a padronização, no entanto, os bancos (nem todos) já começaram a oferecer o serviço. E a gente mostra agora para vocês como está funcionando.

Nova modalidade vai substituir os cartões de crédito? Para o presidente do BC, a resposta é não – Imagem: Marcello Casal Jr-Agência Brasil / Stevepb-Pixabay

Como funciona?

  • Existem duas modalidades principais: por empréstimo pessoal e via cartão de crédito.
  • Na primeira, as parcelas são descontadas diretamente da conta bancária do cliente.
  • Já na segunda, a cobrança vem em parcelas na fatura do cartão.
  • Segundo os bancos, as taxas variam conforme o perfil do cliente.
  • Normalmente, elas vão de 1,59% a 9,99% ao mês, mas podem sofrer pequenas alterações.
  • Você pode contratar o serviço no aplicativo do banco, na hora de pagar a compra via Pix por QR Code, ao digitar a chave, ou ao fazer uma transferência.
  • Como dissemos acima, nem todos os bancos oferecem a modalidade – e as regras podem mudar após regulamentação do BC.
  • A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) faz ainda outra ressalva: nem todas as instituições serão obrigadas a oferecer o parcelamento.
  • Algumas já lançaram o produto, outras estão esperando o Banco Central e tem ainda aquelas que podem demorar meses – ou ignorar até a novidade.
  • Um detalhe importante é que o Pix parcelado sempre vem com a cobrança de juros nas parcelas.
  • É por isso que os especialistas pedem cuidado às pessoas, para que não se endividem ainda mais, como já fazem com os cartões de crédito.
Modalidade já se tornou o meio de pagamento mais popular do Brasil – Imagem: Photo For Everything/Shutterstock

Números sobre o Pix

O Pix já é o meio de pagamento mais popular do Brasil. Desde o seu lançamento, em novembro de 2020, até agora, a modalidade movimentou aproximadamente R$ 76 trilhões (em mais de 175 bilhões de transações).

A média de pagamento com Pix no período foi de R$ 1.362. O recorde de movimentações foi em 6 de junho de 2025, com 276 milhões de transações em um único dia.

De acordo com o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, esses números devem crescer ainda mais com a nova modalidade. Isso porque o Pix parcelado deve beneficiar as cerca de 60 milhões de pessoas que não têm cartão de crédito no Brasil.

Durante evento na Associação Comercial de São Paulo, no mês passado, o presidente do BC disse que o Pix parcelado não vai necessariamente acabar com os cartões de crédito, mas sim aumentar a concorrência:

“Será mais uma alternativa; o Banco Central não quer restringir as alternativas que existem, ele quer oferecer mais alternativas e deixar que o cidadão, o comércio e o varejo escolham aquela que lhe parece mais competitiva e mais interessante”, afirmou Galípolo.

Quem não gosta nada do Pix são os EUA, que abriram uma investigação sobre supostas “práticas desleais” do Brasil – Imagem: Joshua Sukoff/Shutterstock

Você pode ler mais sobre o Pix nesta outra página do Olhar Digital.

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