China vê recuo dos EUA como vitória estratégica em nova fase da rivalidade

Nas últimas semanas, Pequim acumulou sinais que interpreta como avanços importantes em sua rivalidade com Washington, como explica um artigo do New York Times.

O governo do presidente Donald Trump suavizou o tom em relação ao Partido Comunista Chinês em sua nova estratégia de segurança nacional, reabriu a possibilidade de venda de chips avançados para a China e evitou críticas públicas enquanto um aliado-chave dos EUA na Ásia enfrentava pressão direta de Pequim por apoiar Taiwan.

Venda de chips, silêncio diplomático e nova estratégia animam analistas e veículos estatais chineses (Imagem: amagnawa1092/Shutterstock)

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Para analistas chineses, essas decisões indicam que Trump demonstra menos disposição para confrontar a China em temas ideológicos, tecnológicos e diplomáticos.

Comentários em veículos estatais e redes sociais celebraram o momento como evidência do declínio relativo dos Estados Unidos e da ascensão chinesa.

Diplomacia pragmática e foco econômico

  • A nova estratégia de segurança nacional da Casa Branca redefine a disputa entre EUA e China como essencialmente econômica, deixando em segundo plano questões como democracia e direitos humanos — uma ruptura com décadas de política externa americana.
  • O documento prioriza a construção de uma “relação econômica mutuamente benéfica” com Pequim e não critica explicitamente o regime autoritário chinês.
  • Esse pragmatismo também se reflete na flexibilização de controles de exportação de tecnologia sensível.
  • O governo autorizou a Nvidia a vender um de seus chips avançados à China, em um acordo que garante aos EUA uma parcela da receita.
  • Críticos afirmam que a medida privilegia ganhos econômicos de curto prazo em detrimento da segurança nacional.
Analistas dizem que abordagem pragmática de Trump amplia margem de manobra de Pequim na Ásia – Imagem: OnePixelStudio/Shutterstock

Alívio temporário ou mudança duradoura?

A postura mais conciliatória se soma a gestos anteriores, como a redução de tarifas após negociações com o presidente Xi Jinping e a aceitação de um convite para uma visita oficial a Pequim. Para a China, essa mudança amplia seu espaço de manobra regional, inclusive em ações mais assertivas contra o Japão.

Ainda assim, alguns analistas chineses alertam que o alívio pode ser passageiro. Segundo eles, a estratégia americana continua focada em preservar sua liderança global e conter a ascensão chinesa — apenas com uma abordagem menos explícita e mais calculada.

Governo americano flexibiliza controles tecnológicos e evita confronto público com aliado asiático sob pressão – Imagem: Dilok Klaisataporn/Shutterstock

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